Alunos do IFSP São Carlos visitam o Instituto Acorde em atividade de extensão

No dia 2 de outubro de 2025, os estudantes do curso de Bacharelado em Engenharia de Software do IFSP São Carlos participaram de uma visita técnica ao Instituto Acorde, como parte das atividades da disciplina de Extensão 4. A atividade foi acompanhada pela professora Celia Leiko Ogawa Kawabata e teve como objetivo aproximar os alunos de iniciativas sociais que promovem inclusão e cidadania.

Instituto Acorde é uma Organização da Sociedade Civil sem fins lucrativos, fundada em 1988, que atua na promoção de atividades voltadas ao desenvolvimento de crianças e adultos com deficiência intelectual, estimulando suas capacidades e contribuindo para o exercício pleno de seus direitos.

Durante a visita, os estudantes conheceram a história da instituição, seus programas e as ações realizadas junto à comunidade. Eles também puderam compreender a importância do trabalho interdisciplinar e das parcerias entre organizações sociais e instituições de ensino, ampliando a reflexão sobre o papel da tecnologia e da educação na inclusão social.

A experiência proporcionou um momento de aprendizado e sensibilização, fortalecendo o compromisso dos futuros profissionais de Engenharia de Software com uma formação que vá além da técnica, valorizando aspectos sociais, éticos e humanos no exercício da profissão.

Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência – 20 anos de reconhecimento legal

O dia 21 de setembro é marcado pela celebração da luta por respeito, inclusão e conscientização sobre os direitos das pessoas com deficiência. Em 2025, a data completa 20 anos de reconhecimento oficial no Brasil, estabelecida pela Lei nº 11.133, sancionada em 14 de julho de 2005, com o objetivo de sensibilizar a sociedade para a importância da igualdade de oportunidades.

Essa mobilização, no entanto, começou muito antes. Desde 1982, movimentos sociais e lideranças do setor já promoviam ações nesse dia. A escolha de 21 de setembro não foi por acaso: ela coincide com o início da primavera, representando renovação, esperança e o florescer de novas possibilidades para a inclusão.

O reconhecimento da data representou um marco para milhões de brasileiros, mas ela continua sendo também um convite à reflexão. Ainda há barreiras a serem superadas – físicas, sociais, culturais e atitudinais – que dificultam o exercício pleno da cidadania pelas pessoas com deficiência.

Apesar de avanços importantes, como a Lei Brasileira de Inclusão (Estatuto da Pessoa com Deficiência), de 2015, dados do IBGE mostram que mais de 18 milhões de brasileiros convivem com algum tipo de deficiência, correspondendo a 8,9% da população com 2 anos ou mais. Muitos ainda enfrentam desafios em áreas fundamentais, como educação, saúde, mobilidade, mercado de trabalho e acessibilidade comunicacional.

O papel do Instituto Acorde

O Instituto Acorde é uma instituição dedicada a transformar essa realidade. Referência no atendimento a pessoas com deficiência intelectual e múltipla, mantém uma escola especializada, duas residências inclusivas e uma residência terapêutica. Além da educação, atua nas áreas de saúde, assistência social e inserção no trabalho, promovendo autonomia e dignidade.

Acreditamos em uma sociedade verdadeiramente inclusiva, onde a diversidade é respeitada e cada pessoa é valorizada pelo que é. Nosso compromisso diário é oferecer apoio, acolhimento e oportunidades de desenvolvimento para crianças, jovens e suas famílias.

A inclusão é responsabilidade coletiva: governos, empresas, instituições e cidadãos têm o dever de eliminar barreiras e construir uma cultura de respeito às diferenças. Cada gesto de reconhecimento, cada política implementada e cada espaço acessível aproximam-nos de um futuro mais justo e igualitário.

Os 20 anos dessa lei reforçam que a luta segue viva e necessária. Mais do que uma data no calendário, o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência é um chamado à ação para toda a sociedade.

👉 Siga o Instituto Acorde no Instagram e Facebook para conhecer mais sobre Deficiência Intelectual, Síndromes e Transtornos.

👉 A sua doação fortalece projetos que transformam vidas e ajudam a construir um futuro inclusivo.

Instituto Acorde celebra 37 anos de dedicação à inclusão e ao cuidado humanizado

São mais de três décadas promovendo dignidade, autonomia e qualidade de vida para milhares de pessoas com deficiência intelectual e autismo.

Neste mês de aniversário, o Instituto Acorde comemora 37 anos de atuação social e reafirma seu compromisso com a inclusão, o acolhimento e o desenvolvimento humano. Fundado em 1988, o Instituto já beneficiou milhares de pessoas diretamente e hoje atende mais de 850 famílias, oferecendo apoio especializado, atividades terapêuticas, educação inclusiva, educação para jovens e adultos, oficinas de autonomia e suporte às famílias.

Com sede em São Carlos – SP, o Instituto Acorde é referência no atendimento de crianças, jovens e adultos com deficiência intelectual e autismo e na alfabetização de adultos, trabalhando com uma equipe multidisciplinar comprometida com o cuidado integral e individualizado.

“Celebrar 37 anos é olhar com gratidão para o passado, mas também é renovar forças para seguir crescendo e expandindo nosso impacto social. Cada vida transformada é um motivo de comemoração”, destaca Alexandre Matias, presidente da instituição.

Doações que fazem a diferença

Ao longo dos anos, o Instituto Acorde vem contando com a solidariedade de pessoas físicas e jurídicas que acreditam na causa. As doações, realizadas por mensageiros ou pela plataforma online doeacorde.org.br, com segurança, transparência e autonomia aos apoiadores, sendo fundamentais para manter os atendimentos e ampliar a estrutura da instituição.

Para marcar esta nova fase, o Instituto lançou a campanha “Crescimento e Expansão”, com o objetivo de arrecadar fundos para a construção de um novo bloco – obra já em andamento – que permitirá atender ainda mais pessoas com deficiência intelectual e autismo. Esse novo espaço é a resposta a um sonho antigo: acabar com a lista de espera e garantir que nenhuma criança ou família precise aguardar por cuidado e acolhimento. Cada contribuição é um tijolo de esperança, um passo concreto rumo a um futuro mais inclusivo e justo.

Como ajudar:

  • Faça uma doação de qualquer valor: https://doeacorde.org.br
  • Faça um PIX: doe@institutoacorde.org.br
  • Compartilhe a causa em suas redes sociais
  • Siga o Instituto Acorde no Instagram: @institutoacorde

Gratidão a todos que caminham conosco há 37 anos!
O futuro é feito de parcerias, afeto e ações concretas.

 

Festa Junina no Instituto Acorde

O Instituto Acorde celebrou no dia 27 de junho, sua tradicional Festa Junina com muita comida típica, brincadeiras e quadrilha. Os assistidos aproveitaram para festejar ao lado dos profissionais, colegas e familiares.

Alunos, professores e cuidadores foram responsáveis por toda a decoração, criando um ambiente acolhedor, alegre e divertido.

A Festa Junina tem grande importância, pois promove o desenvolvimento dos alunos e assistidos. Em meio às comidas típicas e brincadeiras como a pescaria, o clima foi de muita animação.

Durante o mês de junho, diversas atividades são realizadas com foco nessa festividade. Muitas das decorações, como bandeirinhas e balõezinhos, são produzidas por eles. O tema também é trabalhado em sala de aula, com a explicação sobre o significado da data, que integra as manifestações comemorativas do nosso calendário.

Além de fazer parte do calendário escolar, a festa incentiva a participação dos estudantes e promove momentos de socialização. Professores e cuidadores também se envolvem, organizando apresentações, brincadeiras e colaborando com a equipe da cozinha, responsável pelo delicioso cardápio típico.

Os alunos participaram fantasiados e se divertiram muito, vivenciando um momento especial de lazer, socialização e valorização das tradições culturais, de forma lúdica e inclusiva.

O Instituto Acorde agradece o envolvimento de todos os profissionais, famílias e, principalmente, dos alunos e assistidos, que tornaram nossa Festa Junina ainda mais especial. Mais do que um momento de diversão, a celebração representa uma oportunidade valiosa de aprendizagem, integração e valorização da cultura popular. Ao ser incorporada ao currículo escolar, contribui para o desenvolvimento social, fortalece vínculos e promove a inclusão em um ambiente cheio de significado.

📸 Para ver as fotos, clique aqui.

📱 Para saber mais sobre Deficiência Intelectual e Transtorno do Espectro Autista, siga o Instituto Acorde no Facebook e no Instagram.

Bella Capri lança Bella Ajuda 2025 em São Carlos

Campanha completa 11 anos com doações que somam mais de R$ 2 milhões em toda a rede da franquia de pizzarias

 A Bella Capri São Carlos dá início, neste mês, à 11ª edição da Bella Ajuda, campanha que visa arrecadar recursos a entidades assistenciais através da venda de pizzas. Em São Carlos a parceria é com o Instituto Acorde, que tem como objetivo atender pessoas com deficiência intelectual, síndrome de Down e transtorno do espectro autista, proporcionando educação, atividades terapêuticas, físicas e recreativas para melhorar a qualidade de vida e a inclusão social.

Durante os meses de maio e junho a entidade venderá cupons de pizzas no valor de R$49,90 ficando diretamente com os recursos arrecadados. No total serão 150 pizzas que renderão cerca de R$7.485,00 para a entidade.

A Bella Ajuda é a principal ação social da Bella Capri, que é a maior rede de franquias de pizzarias do interior de São Paulo. A campanha acontece este ano em 31 cidades beneficiando 37 entidades assistenciais. Em 2025 são mais de 8.000 pizzas doadas com uma arrecadação total de mais de R$400 mil.

Os números totais da campanha, que é anual e começou em 2015, são ainda maiores. Em 11 anos a Bella Ajuda doou cerca de 52.000 pizzas, o que representa mais de R$ 2.130.000,00 arrecadados.

Para Guto Covizzi, diretor da rede Bella Capri Pizzaria, a Bella Ajuda é uma das mais importantes ações da franquia. “É um compromisso com a responsabilidade social, refletindo diretamente os valores da Bella Capri, com a garantia de que 100% dos recursos são revertidos para entidades sociais. Essa iniciativa solidária posiciona nossas pizzarias não apenas como um local de excelência gastronômica, mas também como um pilar de apoio e contribuição social nas cidades onde temos operações”, afirma Guto.

Como participar e ajudar

Quem quiser participar da campanha deve procurar a entidade, adquirir o cupom, baixar o aplicativo Bella Capri, fazer o pedido e ir até a pizzaria da marca mais próxima para retirar a pizza. A venda dos vouchers já começou e a retirada das pizzas será de 09 de junho a 10 de julho. Em cada cupom está escrita a data específica para retirada do produto. A campanha será encerrada em 10 de julho, Dia da Pizza, com almoço solidário nas pizzarias e participação de parte do público assistido pelas entidades.

Sobre a Bella Capri

A Bella Capri é uma franquia de pizzas feitas a mão, fundada em 1998, com receitas exclusivas inspiradas na tradicional gastronomia italiana. A rede oferece dois modelos de negócios: o Agile, que envolve delivery e retirada (podem ter o drive thru); e o Tradizione, para delivery, retirada e consumo no local. Atualmente, conta com 42 lojas em 31 cidades nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.

Informação, empatia e respeito

Um chamado para o Dia Mundial da Conscientização do Autismo 2025

No dia 2 de abril, o mundo se veste de azul para lembrar que a conscientização a respeito do autismo ainda é necessária — ainda que “azul para meninos” seja algo ultrapassado, definir uma cor para a causa simplifica e ajuda muito na divulgação. Mais do que um gesto simbólico, a data, instituída pela ONU em 2007, é um convite para ampliar o debate sobre inclusão, aceitação, respeito e direitos das pessoas autistas. No Brasil, a campanha de 2025 traz um tema direto e poderoso: “Informação gera empatia, empatia gera respeito!”.

A frase reflete uma realidade incontestável: o desconhecimento ainda alimenta preconceitos e limitações impostas às pessoas autistas. E todos perdem com isso, autistas e não autistas. Para muitos, o autismo ainda é um conceito distante, envolto em estereótipos que não correspondem à diversidade do espectro. “A informação é a base da transformação. Quando as pessoas conhecem o autismo, deixam de enxergar apenas limitações e passam a reconhecer potenciais”, afirma Paula Ayub, psicóloga clínica, terapeuta de família.

O impacto do desconhecimento
Apesar dos avanços nas últimas décadas, a desinformação sobre o autismo ainda tem efeitos profundos. Pais e responsáveis frequentemente enfrentam desafios desde a obtenção de um diagnóstico até a busca por suporte adequado. No ambiente escolar, a falta de compreensão sobre as necessidades dos alunos autistas e a falta de capacitação dos profissionais e infraestrutura ainda geram enormes barreiras para a inclusão.

Carlos Henrique, pai de Miguel (nomes fictícios para preservar suas identidades), de 9 anos, relata as dificuldades que enfrentou ao matricular o filho em uma escola regular. “Nos primeiros anos, fomos recusados em algumas instituições. Mesmo depois de conseguirmos uma vaga, o despreparo da equipe pedagógica dificultou muito a adaptação do Miguel”, conta. O caso de Miguel não é isolado: a falta de formação de educadores sobre autismo é um problema recorrente no Brasil.

No mercado de trabalho, a situação não é diferente. Muitos adultos autistas enfrentam dificuldades para conseguir emprego ou se manter nele. “Atualmente, todas as pessoas que buscam um trabalho têm dificuldades para conseguir um emprego. Para as pessoas autistas, multiplica-se essa dificuldade. Com acessibilidade adequada, as pessoas autistas podem trabalhar, construir uma carreira e contribuir para que as empresas sejam mais humanas, inovadoras e lucrativas”, argumenta Marcelo Vitoriano, diretor da Specialisterne Brasil, empresa especializada em treinar e empregar autistas nas empresas.

A força da empatia
Se o desconhecimento afasta, a informação aproxima — é uma lógica incontestável. Entender o transtorno do espectro do autismo (TEA) significa compreender que não há uma única forma de ser autista e que cada pessoa tem características e necessidades próprias. “Um dos grandes desafios que ainda temos atualmente em relação ao TEA são suas nuances, como o nome em si, se trata de um espectro que ocorre em três vertentes, mas não podemos esquecer que estamos falando de um ser humano que tem sua própria personalidade, vontades, emoções e que o meio também tem seu papel no quadro, quanto mais compreendermos essa condição e respeitarmos as especificidades de cada um mais avançaremos na conscientização e no respeito das pessoas com TEA”, destaca a neurocientista Emanoele Freitas, que é mãe de Eros Micael, um rapaz autista, além de psicoterapeuta especialista em análise do comportamento, especialista no diagnóstico e tratamento do autismo e doenças metabólicas, autora do livro “Transtornos do Neurodesenvolvimento – Conhecimento, planejamento e inclusão real”.

A empatia também passa por pequenas atitudes no cotidiano. Respeitar a forma como uma pessoa autista se comunica, compreender suas sensibilidades sensoriais e evitar julgamentos são formas simples, mas poderosas, de promover inclusão. “Falar sobre empatia é discursar sobre a capacidade de se colocar no lugar do outro, compreender o outro na relação com o mundo. A informação sobre o TEA aproxima os sujeitos pq contribui com a empatia, que por sua vez colaborará com a construção de um ambiente ainda mais inclusivo, respeitando as necessidades específicas de cada sujeito e promovendo o apoio necessário”, acrescenta a pedagoga Aline Lourenço Bittencour, mestre em Educação, premiada em terceiro lugar na Educa Week 2021 pelo seu relato da atuação de estudantes com TEA e autora, com Rosane Meirelle, do livro “Autismo e Ciências. O protagonismo de estudantes com TEA” (Wak Editora).

Esse olhar empático precisa estar presente em todos os espaços: nas escolas, nos ambientes de trabalho, no atendimento médico e até nas interações sociais mais simples. “Quando eu vou a um restaurante e as pessoas entendem que meu filho precisa de um ambiente mais tranquilo, isso faz toda a diferença. A inclusão é muito mais simples do que a gente imagina. Reduzir barreiras atitudinais favorece a participação dos nossos filhos na sociedade, estimula a independência e a tão almejada autonomia na vida adulta”, compartilha Tarita Inoue, psicomotricista especialista em TEA e mãe de um adolescente autista de 15 anos.

Respeito na prática
Informação e empatia, quando combinadas, levam ao respeito. E o respeito, na prática, se traduz em acessibilidade, equidade e oportunidades reais para pessoas autistas. A legislação brasileira avançou nos últimos anos, mas ainda há um longo caminho a percorrer para garantir que os direitos das pessoas autistas sejam plenamente respeitados.

A Lei Berenice Piana (12.764/2012) reconhece o autismo como deficiência para fins legais, garantindo acesso a políticas públicas. No entanto, muitos dos direitos previstos na lei ainda não saíram do papel. ”As pessoas nunca vão respeitar alguma coisa que elas não conhecem. Não adianta termos leis incríveis se as pessoas não souberem o que é autismo. Porque se não conhecem o TEA, nunca vão conseguir respeitar o direito de alguém ou de uma condição que eles nem sabem o que é”, critica a advogada e mãe de autistas Carla Borges Bertin. Além da conscientização, o respeito também precisa estar enraizado na cultura social. Pequenos gestos de acolhimento e compreensão fazem toda a diferença na vida de uma pessoa autista. “Ser respeitado vai muito além da aceitação. Significa ter oportunidades, autonomia e poder ser quem se é, sem precisar se encaixar em um padrão imposto pela sociedade”, enfatiza Carla Bertin, que tem dois filhos autistas e é uma das coordenadoras o curso Futuro sem Medo, da Território Saber, para pais e familiares de autistas.

Aja logo!
Neste 2 de abril, a campanha “Informação gera empatia, empatia gera respeito!” é um chamado para agir. Mais do que compartilhar postagens nas redes sociais, o desafio é transformar o conhecimento em atitudes concretas que tornem o mundo mais acessível para pessoas autistas.

Cada um pode contribuir de alguma forma: educadores podem buscar formação sobre inclusão, empresas podem investir na acessibilidade de seus ambientes, e todos nós podemos ouvir mais as vozes autistas, entendendo suas reais demandas. “A mudança começa no dia a dia. São pequenas ações mais guiadas pela curiosidade do que pelo julgamento que podem, somadas, gerar um impacto gigantesco na micro e macro esferas”, finaliza Paula Ayub.

Neste Dia Mundial da Conscientização do Autismo e ao longo de todo o mês de abril, fica o convite à sociedade, sem exceção: busque informação, pratique a empatia e, acima de tudo, promova o respeito.

Fonte: Francisco Paiva Junior, Informação, Empatia e Respeito. Revista Autismo, São Paulo, Ano XI, nº 28, p. 22-24, mar. 2025

 

O que é Autismo

Saiba a definição do transtorno do espectro do autismo (TEA)

As informações a seguir não dispensam a consulta a um médico especialista para o diagnóstico de autismo.

O autismo — nome técnico oficial: transtorno do espectro do autismo (TEA) — é uma condição de saúde caracterizada por déficit na comunicação social (socialização e comunicação verbal e não verbal) e comportamento (interesse restrito ou hiperfoco e movimentos repetitivos). Não há só um, mas muitos subtipos do transtorno. Tão abrangente que se usa o termo “espectro”, pelos vários níveis de suporte que necessitam — há desde pessoas com outros transtornos, doenças e outras condições associadas (comorbidades ou coocorrências), como deficiência intelectual e epilepsia, até pessoas independentes, com vida comum, algumas nem sabem que são autistas, pois jamais tiveram diagnóstico.

Causas do autismo

As causas do autismo são majoritariamente genéticas. Confirmando estudos recentes anteriores, um trabalho científico de 2019 demonstrou que fatores genéticos são os mais importantes na determinação das causas (estimados entre 97% e 99%, sendo 81% hereditário e ligados a quase mil genes), além de fatores ambientais (de 1% a 3%), ainda controversos, que também podem estar associados como, por exemplo, a idade paterna avançada ou o uso de ácido valpróico na gravidez. Existem atualmente 1.203 genes (atualizado em 09.out.2024) já mapeados e sendo estudados como possíveis fatores de risco para o transtorno — sendo 134 os genes mais relevantes, os quais quando há alterações específicas (“mutações”), estão fortemente associadas ao risco de TEA com evidências científicas mais robustas.

Tratamento e sinais

Alguns sinais de autismo já podem aparecer a partir de um ano e meio de idade, até mesmo antes em casos mais graves. Há uma grande importância de se iniciar o tratamento o quanto antes — mesmo que ainda seja apenas uma suspeita clínica, ainda sem diagnóstico fechado —, pois quanto antes comecem as intervenções, maiores são as possibilidade de melhorar a qualidade de vida da pessoa. O tratamento psicológico com mais evidência de eficácia, segundo a Associação Americana de Psiquiatria, é a terapia de intervenção comportamental — aplicada por psicólogos. A mais usada delas é ABA (sigla em inglês para Applied Behavior Analysis — em português, análise aplicada do comportamento). O tratamento para autismo é personalizado e interdisciplinar, ou seja, além da psicologia, pacientes podem se beneficiar com intervenções de fonoaudiologia, terapia ocupacional, entre outros profissionais, conforme a necessidade de cada autista. Na escola, um mediador pode trazer grandes benefícios, no aprendizado e na interação social.

Até agora, não há exames de imagem ou laboratoriais que sejam definitivos para diagnosticar o TEA. O diagnóstico é clínico, feito por um médico.

Alguns sintomas como irritabilidade, agitação, autoagressividade, hiperatividade, impulsividade, desatenção, insônia e outros podem ser tratados com medicamentos, que devem ser prescritos por um médico. Dentre os medicamentos indicados a risperidona, que é da classe dos antipsicóticos atípicos, é o mais comum deles.

Dia Mundial de Conscientização do Autismo: 2 de abril

Em 2007, a ONU declarou todo 2 de abril como o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, quando monumentos e prédios icônicos do mundo todo se iluminam de azul (cor escolhida por haver, em média, 4 homens para cada mulher com TEA).

A partir de 2020, a Revista Autismo passou a lançar uma campanha nacional com um tema único para todo o Brasil para celebrar o 2 de abril. O primeiro tema, para 2020/2021, foi “Respeito para todo o espectro — #RESPECTRO”. O tema de 2022 é “Lugar de autista é em todo lugar!“, com a hashtag #AutismoEmTodoLugar. Em 2023 o tema foi “Mais informação, menos preconceito“, hashtag #AutismoMaisInformacao.

O símbolo do autismo é o quebra-cabeça, que denota sua diversidade e complexidade — criado em 1963 pela National Autistic Society, no Reino Unido.

Dia do Orgulho Autista: 18 de junho

O dia 18 de junho é o Dia do Orgulho Autista — representando pelo símbolo da neurodiversidade, o infinito (lemniscata) com o espectro de cores do arco-íris, considerando o autismo como identidade, uma característica da pessoa — celebrada originalmente pela organização britânica Aspies for Freedom (AFF), a partir de 2005.

Consulta médica

A seguir, relacionamos alguns sinais de autismo. Apenas três deles presentes numa criança de um ano e meio já justificam uma suspeita para se consultar um médico neuropediatra ou um psiquiatra da infância e da juventude. Testes como o M-CHAT (inclusive a versão em português) estão disponíveis na internet para serem aplicados por profissionais. Aliás, essa avaliação é obrigatória para crianças com 18 messes de vida em consultas pediátricas de acompanhamento realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), segundo a  lei 13.438/17.

Quais são os sinais de autismo?

(veja alguns dos principais)

  • Não manter contato visual por mais de 2 segundos;
  • Não atender quando chamado pelo nome;
  • Isolar-se ou não se interessar por outras crianças;
  • Alinhar objetos;
  • Ser muito preso a rotinas a ponto de entrar em crise;
  • Não brincar com brinquedos de forma convencional;
  • Fazer movimentos repetitivos sem função aparente;
  • Não falar ou não fazer gestos para mostrar algo;
  • Repetir frases ou palavras em momentos inadequados, sem a devida função (ecolalia);
  • Não compartilhar seus interesses  e atenção, apontando para algo ou não olhar quando apontamos algo;
  • Girar objetos sem uma função aparente;
  • Interesse restrito por um único assunto (hiperfoco);
  • Não imitar;
  • Não brincar de faz-de-conta;
  • Hipersensibilidade ou hiper-reatividade sensorial.

Fonte: Revista Autismo (https://www.canalautismo.com.br)

EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA


EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA PARA ELEIÇÃO DA DIRETORIA EXECUTIVA E CONSELHO FISCAL

O INSTITUTO ACORDE com sede à Rua José Luiz Olaio, nº 290, Jardim Ricetti em São Carlos/SP, devidamente representado por seu Presidente Alexandre Matias, convoca através do presente edital, todos os associados contribuintes participantes do rol de membros, para Assembleia Geral Ordinária, que se realizará em sua sede, no dia 29 de novembro de 2024, com a seguinte ordem do dia:

· ELEIÇÃO DE DIRETORIA E CONSELHO FISCAL PARA O BIÊNIO 2025/2026.

A Assembleia Geral instalar-se à em primeira convocação as 19h30 com a presença da maioria dos associados e as 20h00 em segunda convocação, com qualquer número, não exigindo a lei quórum especial.

São Carlos, 28 de outubro de 2024

Alexandre Matias
Presidente

Seminário internacional debate autismo e educação inclusiva

Evento ocorrerá no Centro Internacional de Convenções do Brasil, em Brasília (DF), nos dias 10, 11 e 12 de setembro. Iniciativa é realizada pelo MEC em parceria com Unesco, Abraça, Autistas Brasil e Vidas Negras com Deficiência Importam

O Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi), promoverá, nos dias 10, 11 e 12 de setembro, o Seminário Internacional: Autismo e Educação Inclusiva. O objetivo é compartilhar estudos que evidenciam a eficácia dos modelos educacionais inclusivos para estudantes autistas, em consonância com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva; com a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (Decreto nº 6.949/2009); e com a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015).

O encontro será realizado em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a Associação Brasileira para Ação por Direitos das Pessoas Autistas (Abraça), a Associação Nacional para Inclusão das Pessoas Autistas (Autistas Brasil) e o movimento Vidas Negras com Deficiência Importam. As inscrições podem ser feitas por meio de formulário on-line, até 9 de setembro.

O aumento expressivo do número de matrículas de estudantes autistas nas redes de ensino nos últimos anos aponta para a necessidade de fortalecimento de políticas e estratégias pedagógicas com vistas à identificação e à eliminação das barreiras enfrentadas por esse público no contexto educacional. Além disso, existe um trabalho para ampliação e qualificação do investimento em recursos e apoios, a fim de garantir o direito desses alunos à educação inclusiva.

O evento contará com autoridades, pesquisadores, profissionais da educação, estudantes, gestores, movimentos sociais, famílias. Além deles, estarão presentes especialistas dos Estados Unidos, da Alemanha, da Argentina e do Brasil, que colaborarão para a construção e a consolidação de soluções educativas inclusivas, destinadas a assegurar o acesso, a permanência, a aprendizagem e a plena participação dos estudantes autistas nas escolas comuns.

Programação – Construído em parceria com pessoas autistas que atuam em diferentes setores da sociedade, o seminário está estruturado em painéis e mesas temáticos, nacionais e internacionais. A conferência de abertura será às 19h (horário de Brasília) do dia 10 de setembro, marcada por palestra a ser proferida pelo Dr. Lawrence Fung, da Universidade de Stanford, sobre “Processos democráticos: políticas públicas guiadas pela comunidade”. As demais atividades do seminário ocorrerão das 8h às 18h.

Fonte: gov.br

Aquisição de veículo Sprinter Van 16 lugares para transporte de crianças, adolescentes e adultos

O Instituto ACORDE (anteriormente denominada Associação de Capacitação, Orientação e Desenvolvimento do Excepcional), com sede na Rua José Luiz Olaio n° 290, Jardim Ricetti, na cidade de São Carlos-SP, CEP 13570-030, vem, por meio deste, solicitar apoio para a aquisição de um veículo Sprinter Van de 16 lugares, destinado ao transporte de crianças, adolescentes e adultos atendidos pela nossa organização.

O Instituto ACORDE é reconhecido pela excelência na prestação de serviços a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), Síndrome de Down e outras deficiências. Oferecemos acompanhamento educacional, psicológico e terapêutico, além de vivências culturais e esportivas, oficinas de artes e assistência geral, visando a uma maior integração e inclusão social dos nossos assistidos e suas famílias.

A aquisição deste veículo é fundamental para garantir o transporte seguro e adequado, permitindo que os beneficiários participem das diversas atividades promovidas pelo instituto. Contamos com a sua colaboração para continuar proporcionando um atendimento de qualidade e transformador.

Agradecemos antecipadamente pelo seu apoio.

Para assinar a petição, clique aqui