Instituto Acorde inaugura Escola de Educação Especial “Maria Maffei Lobbe”

O Instituto Acorde inaugurou nesta sexta-feira (2) a Escola de Educação Especial “Maria Maffei Lobbe”, localizada na sede da entidade na rua José Luiz Olaio, nº 290, no Jardim Ricetti.

A missão do Instituto Acorde é cuidar e atender pessoas com deficiência intelectual, síndrome de Down e transtorno do espectro autista, proporcionando educação e desenvolvimento, a fim de melhorar a qualidade de vida e a inclusão social.

O secretário de Governo, Netto Donato, representando o prefeito Airton Garcia, participou da solenidade de inauguração e destacou que o Instituto Acorde é uma entidade importantíssima para a nossa cidade, parabenizando, em nome do prefeito Airton Garcia, toda a equipe do Instituto pelo espaço amplo e adaptado para poder oferecer a um número maior de crianças e adultos, com deficiência intelectual, atividades para a desenvolvimento das suas capacidades.

Já o ex-deputado Lobbe Neto agradeceu o Instituto por ter denominado de Maria Maffei Lobbe, sua avó, a Escola de Educação Especial. “Eu e minha tia Wilma Lobbe agradecemos ao presidente da ACORDE, Oswaldo Ferrari Silva, pela homenagem a nossa família”.

A Escola Especial Maria Maffei Lobbe conta com 9 novas salas de aulas, sala de informática, coordenação, banheiros adaptados com acessórios para atender as necessidades dos usuários e um amplo espaço para depósito de equipamentos e materiais.

Também participaram da inauguração as secretárias de Cidadania e Assistência Social, Vanessa Soriano e da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Lucinha Garcia, a secretária interina de Agricultura e Abastecimento, Ester Soares de Lucas e os vereadores Robertinho Mori, Rodson Magno do Carmo e Azuaite Martins de França, além do padre Daniel Lavandoski, colaboradores, alunos e familiares.

 

Semana da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla vai ser realizada a partir de 22 de agosto em São Carlos

Com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre as necessidades específicas de organização social e de políticas públicas para promover a inclusão social das pessoas com deficiências e para combater o preconceito e a discriminação, a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de São Carlos, realiza nos dias 22, 23, 24, 25, 26 e 31 de agosto, a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla.

Durante esse período serão realizadas palestras na área da saúde e também sobre os direitos das pessoas com deficiência, exposições culturais e apresentações em comemoração aos 60 anos da APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) e aos 34 anos da ACORDE (Associação de Capacitação, Orientação e Desenvolvimento do Excepcional).

“A cada ano buscamos sempre conscientizar mais a sociedade acerca de determinadas necessidades para inclusão plena. Autonomia, protagonismo e independência, têm sido conceitos recorrentes; a semana tem sido uma ferramenta para promoção de uma atitude de eminência para com a pessoa em situação de deficiência intelectual e múltipla em diversos campos da vida”, explica Lucinha Garcia, secretária municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida.

Confira a programação completa da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla:

DIA 22/08 (SEGUNDA-FEIRA):

9h – Abertura oficial da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla;

– Exposição de quadros da artista plástica Daniela Caburro;

– Exposição do treinador Paraolímpico Mitcho Bianchi;

– Palestra com Lisandrea Rodrigues Menegasso Gennaro, psicóloga na Unidade Saúde – Escola da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Mestre em Educação Especial (2005) e Doutora em Psicologia (2012), pela UFSCar;

Local: Paço Municipal – Rua Episcopal, nº 1.575, no centro.

DIA 23/08 (TERÇA-FEIRA):

19h30 – Mostra Cultural dos Alunos da APAE em comemoração aos 60 anos da Entidade e 30 anos da Banda Marcial;

Local: Teatro Municipal de São Carlos – Rua 7 de setembro, nº 1.735, no Centro;

DIA 24/08 (QUARTA-FEIRA):

15h – Mostra Cultural dos Alunos da APAE em comemoração aos 60 anos da Entidade e 30 anos da Banda Marcial;

Local: Teatro Municipal de São Carlos – Rua 7 de setembro, nº 1.735, Centro.

DIA 25/08 (QUINTA-FEIRA):

10h30 – Palestra com Dra. Maria Alice da Defensoria Pública sobre os direitos da pessoa com deficiência;

Local: Auditório Wilson Wady Cury – Avenida São Carlos, nº 1.800, no Centro;

DIA 26/08 (SEXTA-FEIRA):

9h – Evento na Praça do Mercado Municipal com a participação de entidades assistenciais e parceiros. Serão oferecidos serviços de saúde (aferição de glicemia e pressão arterial), distribuição de kits odontológicos, corte de cabelo, manicure e para os alunos de entidades que atendem crianças com deficiência um passeio no Trenzinho Azul;

DIA 31/08 (QUARTA-FEIRA):

19h30 – Show de Talentos com alunos e funcionários da ACORDE;

Local:  Teatro Municipal de São Carlos – Rua 7 de setembro, nº 1.735, no Centro.

Fatores fundamentais no desenvolvimento da linguagem infantil

A comunicação humana está presente na vida dos seres humanos desde a sua gestação, dentro do ventre materno já reconhecemos a voz dos nossos pais, sentimos o aconchego e carinho dos nossos cuidadores, assim como outros sentimentos de raiva ou medo também podem ser percebidos pelo bebê até mesmo pelo tom de voz materno.

O desenvolvimento da linguagem acontece desde este período da concepção, onde a criança e a mãe, criam um vínculo muito forte. Quando o bebê nasce, já reconhece a voz da mãe e do pai, e se acalma com alguns sons que ouvia dentro da barriga.

Durante o primeiro ano de vida, muitos fatores podem influenciar no bom desenvolvimento da comunicação de uma criança, são eles: amamentação no peito, a interação e um bom vínculo materno e paterno, estimular o desenvolvimento físico, emocional e cognitivo do seu filho através de brincadeiras adequadas para cada faixa etária, ouvir músicas, contar histórias. Todos estes fatores favorecem o processo de aquisição da fala, pois é ouvindo e interagindo com o ambiente ao seu redor que o bebê aprende a simbolizar e dar significado as coisas.

Por isto é muito importante verificar se a criança está ouvindo bem, ou seja, direciona a cabeça em direção ao som, obedece a ordens simples, reage à voz das pessoas, faz contato visual, demonstra interesse em explorar os objetos, realiza sons com a boca (balbucios).

Existem diversos fatores que podem propiciar o “Atraso no Desenvolvimento da Linguagem da Criança” são eles:

1. Falta de estímulos por parte dos pais ou cuidadores, ou seja, a criança fica muito tempo em frente à televisão/tablet/celulares sem conversar com ninguém, falta de contato com outras crianças, pouca interação com as pessoas e objetos ao seu redor, muito tempo com a chupeta e/ou mamadeira na boca;

2. Dificuldade auditiva, causada por otites ou outros fatores, o que prejudica que ela aprenda os significados dos sons;

3. Problemas Neurológicos ou Cognitivos, Síndromes, Transtorno do Espectro Autista;

4. Apraxia Verbal, que é a dificuldade motora para realizar a articulação dos sons da fala;

Dicas para ajudar no desenvolvimento da linguagem de seu filho:

– Interaja com ele desde a gestação, converse, diga como se sente e o quanto ele é importante para você, cante para seu bebê;

– Propicie momentos de brincadeiras em família, deixe a criança explorar os objetos e brinquedos, sempre sob supervisão de algum adulto, mas deixe que ela se movimente e reconheça o ambiente ao seu redor;

– Explique sempre o que está acontecendo, dando significado para as suas ações, isto estimula a criança a querer conhecer coisas novas, como por exemplo, na hora do banho diga quais partes do corpo estão sendo lavadas (agora vamos lavar o pezinho, a barriguinha…). Na hora de dar comida explique o que ela está comendo (vamos comer banana, está gostosa a banana filho (a)?);

– Converse com seu filho sempre, mesmo que ele não responda, diga os nomes dos objetos, mostre o significado deles, para que servem;

– Leve seus filhos em parques e passeios ao ar livre, onde estimulem o seu contato com outras crianças;

– Conte histórias para ele/ela, tire um tempo por dia para ler, ouvir músicas, dançar, brincar somente ele e você.

A criança na fase do 0 aos 12 meses está absorvendo tudo que acontece ao seu redor, portanto, quanto mais você favorecer que ela tenha contato com estímulos visuais, auditivos, táteis, olfativos, melhor será o seu desenvolvimento global e , consequentemente, a sua linguagem compreensiva e expressiva acontecerá de uma forma natural e espontânea.

Caso seu filho não esteja falando até os 3 anos de idade, ou tenha um vocabulário muito restrito, uma fala difícil de entender, utilizando-se apenas de algumas sílabas para se comunicar, procure um fonoaudiólogo, que é o profissional capacitado o tratamento da comunicação humana.

* Daniela Franken é fonoaudióloga e integra o time de profissionais do Espaço Vitale Saúde PAS

Fonte: https://www.saudepas.com.br/

Solidariedade e saúde: conheça os benefícios de fazer o bem!

Ajudar as pessoas que mais precisam com boas ações é fundamental para que a gente conquiste um mundo melhor. Mas você já parou para refletir sobre como praticar atitudes positivas no dia a dia podem colaborar com quem as pratica? É por isso que hoje vamos falar sobre os benefícios de fazer o bem.

Já é comprovado cientificamente que praticar boas ações trazem diversos benefícios para a nossa saúde física, assim como para a saúde mental. E já que fazer algo tão simples assim vem carregado de ganhos, a gente não pode deixar essa informação passar.

Para que você entenda mais sobre como atitudes assim podem contribuir para a sua saúde, continue com a gente. Boa leitura!

Os benefícios reais das boas ações

Causar o bem com boas ações já dá um quentinho no coração de imediato. E isso não é uma impressão falsa. A prática de atitudes assim dão benefícios reais e comprovados em pesquisa para a nossa saúde. Benefícios físicos, mentais e até emocionais.

Fazer o bem faz bem, dá a sensação de bem-estar. Em outras palavras, essa sensação reduz os níveis de estresse e dá um equilíbrio emocional. Em um estudo realizado na Suíça para entender como fazer o bem beneficia as pessoas, foi constatado que as pessoas que eram voluntárias em algum projeto são menos esgotadas, menos estressadas e têm uma saúde mental melhor.

Além disso, fazer o bem ativa áreas importantes do cérebro, responsáveis pela sensação de prazer e recompensa. Isso foi resultado de outro estudo, que ao entregar uma quantia em dinheiro para algumas pessoas, elas poderiam escolher entre fazer ou não uma doação. Quem fez a doação, teve o sistema de recompensa ativado no cérebro, que causa a liberação de dopamina.

Dentre os outros benefícios que fazer o bem carrega, também estão:

  • Aumento da autoestima e da sensação de satisfação;
  • Prática e desenvolvimento da empatia;
  • Melhora das competências de trabalho em equipe;
  • Aumento e diversificação da socialização;
  • Aperfeiçoamento e aprendizado de novas e velhas habilidades;
  • Expansão da rede de contatos e das experiências.

Só coisa boa, não é mesmo?

Formas de causar o bem

Causar o bem pode ser bem simples. Atitudes pequenas no nosso dia a dia já fazem a diferença. Você pode, por exemplo:

  • doar sangue;
  • doar roupas, alimentos, livros etc;
  • se declarar doador de órgãos;
  • fazer visitas a asilos, hospitais, orfanatos e instituições;
  • ajudar alguém que precise (um vizinho, um desconhecido ou até mesmo alguém da sua família);
  • escolher uma causa para ajudar e contribuir com doações (clique aqui)

Enfim, são diversas maneiras de causar o bem e ajudar as pessoas que estão próximas ou não a gente.

Quais outras possibilidades de ajudar você conhece? Já pratica alguma? Conta pra gente! ♥

Disfarces que contribuem para o diagnóstico tardio do autismo em meninas

Meninas com autismo recebem diagnóstico em média um ano depois que meninos. É o que mostra estudo realizado por pesquisadores da Brown University, nos Estados Unidos, e publicado em janeiro deste ano na revista científica Autism Research. Entre os motivos que podem justificar a demora na identificação da condição está o fato de as meninas apresentarem habilidades linguísticas mais avançadas que os meninos. O atraso na linguagem é, normalmente, o primeiro sinal de autismo notado por pais e médicos.

De acordo com estimativas, meninos têm cerca de três a quatro vezes mais chances de serem identificados com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Relatório de março deste ano dos Centers for Disease Control and Prevention (CDC), nos Estados Unidos, relatou aumento de 10% no autismo no País, com taxa de prevalência de 1 em 35 entre os meninos (ou 2,97%) e 1 em 145 entre as meninas (equivalente a 0,69%). O dado, que é considerado para estimativas mundiais, triplicou entre 2000 e 2016.

O atraso na identificação do transtorno é grave. “Há estudos demonstrando que o atraso na descoberta do autismo em meninas pode chegar a cinco anos. Como em muitos casos a linguagem e a presença de fala são mais desenvolvidas em meninas com TEA do que em meninos, muitas vezes perde-se a oportunidade de fazer o diagnóstico precocemente”, explica o neurologista pediátrico Erasmo Barbante Casella, do Hospital Israelita Albert Einstein.

Outro motivo para o atraso do diagnóstico é que alguns sinais do TEA são semelhantes ao da ansiedade e depressão em meninas. “Não é incomum atendermos crianças com 13, 14, 15 anos com autismo e que não foram diagnosticadas por confusão de sintomas”, afirma Casella.

Camaleoas

Por terem o comportamento social naturalmente mais desenvolvido que os meninos, as condições do transtorno do espectro de autismo leve nas garotas podem ser menos percebidas. “As meninas têm um desejo maior de socializar e fazer amigos, apresentam mais habilidades imaginativas e capacidade de fantasiar e frequentemente se sentem frustradas por não conseguirem. Já os meninos em muitos casos não fazem questão de ter companhia e tendem a ficar mais isolados”, diz o neuropediatra. Por isso, as garotas conseguem disfarçar suas dificuldades copiando comportamento de outras meninas ou tentando se envolver em brincadeiras.

É maior o número de meninas que apresentam menos estereotipias – termo médico para ações repetitivas de movimento, postura ou fala que fazem parte da rotina de pessoa com espectro do autismo. “Elas também apresentam menos interesses restritos que os colegas do gênero oposto com TEA, como interessar-se por navios de guerra, planetas, aviões.

Quando ocorrem, elas tendem a inibir esses comportamentos com maior intensidade para parecerem semelhantes aos seus pares”, diz Casella. Ele lembra que muitas atitudes das meninas que podem sinalizar o espectro do autismo são aceitas como características próprias como timidez ou gosto por organização para ações repetidas de arrumação.

De acordo com os pesquisadores da Brown University, a confirmação de que a descoberta do autismo em meninas é tardia é importante para o estabelecimento de novos critérios de avaliação clínica para seu diagnóstico.

“Precisamos pensar em como podemos melhorar o reconhecimento do autismo em indivíduos, incluindo muitas dessas meninas, que não têm o mesmo nível de atraso no idioma primário, mas que podem manifestar outras dificuldades na comunicação social, na brincadeira social e na adaptação ao mundo social”, explica Eric Morrow, autor do estudo e professor associado de biologia molecular, neurociência e psiquiatria da universidade.

“Comportamentos e atitudes como as estereotipias e a interação social não costumam melhorar com remédios, mas o tratamento com terapia baseada na análise aplicada do comportamento pode determinar resultados muito satisfatórios, principalmente se iniciados precocemente em razão da maior plasticidade cerebral das crianças mais novas. Assim, quanto antes for o início do tratamento, melhores serão os resultados”, completa o médico do Einstein.

Os primeiros sinais

Estar atento aos sinais, ainda que sutis, é importante para adiantar o diagnóstico do TEA. Além do atraso na fala, crianças com o espectro apresentam dificuldade de contato visual e não têm atenção compartilhada, apresentam mais dificuldade para demonstrar dor e praticarem interação social. “Os pais precisam acompanhar o dia a dia da criança. Devem lembrar que o estímulo é fundamental para o desenvolvimento dos pequenos e diante de qualquer desconfiança devem procurar um especialista”, afirma Casella.

Fonte: VivaBem – Uol

 

Autismo: o que é, sintomas, diagnóstico e tratamento

O Transtorno do Espectro Autista, ou TEA, é uma condição que, na maioria das vezes, se inicia na infância e se caracteriza por uma dificuldade na comunicação verbal e não verbal. Segundo o neurologista pediátrico Erasmo Barbante Casella, do Hospital Israelita Albert Einstein, a criança com o diagnóstico pode desenvolver a fala, mas nem sempre consegue fazer uma conversação de “ida e volta” adequada para a idade.

Além de prejudicar as interações sociais, a condição também é caracterizada por um padrão de comportamento, no qual a criança mantém interesses ou atividades restritas e repetitivas. De acordo com o especialista, um exemplo de atividade repetitiva é quando a criança, especialmente aquela na primeira infância, enfileira os carrinhos e outros brinquedos de forma constante.

No caso das crianças mais velhas, elas podem manifestar um interesse específico. “É aquela criança que sabe tudo sobre a Segunda Guerra, ou todas as pontes de metrô de todas as capitais da Europa, todos os filmes de todas as épocas etc. Estes são exemplos de interesses restritos”, exemplifica Casella.

Outro comportamento comum nas crianças com dificuldades de comunicação pode ser visto nas brincadeiras coletivas. Segundo o especialista, ao invés de ela brincar com os outros, compartilhando a experiência, elas brincam “junto” (ao lado da outra criança, por exemplo correndo para lá e para cá), sem interagir.

Sinais

Existem alguns sinais que podem levantar suspeitas sobre o TEA, e que é importante que os pais fiquem atentos para o diagnóstico precoce. Segundo Erasmo, são sinais como:

  • Crianças que não batem palma, não dão tchau, dentro de um ano de idade ou um ano e meio;
  • Não apontam com o indicador as coisas que querem até um ano e quatro meses;
  • Não sustentam um contato visual;
  • Têm atraso de fala;
  • Não imitam os adultos em brincadeiras imaginárias ou em criar cenários.

“Por exemplo, o adulto coloca um brinquedo na cabeça e conta até três, e a criança não repete o gesto. Ou em brincadeiras imaginárias, como dar comida para um boneco. Ou, ainda, pegar o carrinho e fazer uma brincadeira ao invés de ficar só enfileirando”, exemplifica Casella.

Diagnóstico

De acordo com dados de 2021 do Centro de Controles e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, estima-se que uma a cada 44 crianças desenvolva o TEA. Embora o diagnóstico possa ser feito precocemente, entre um a dois anos de idade, em geral vem mais tarde. Segundo Casella, isso se deve, em alguns casos, à negação da família ou à falta de comunicação das dúvidas durante a consulta ao pediatra ou, ainda, por não ter sido possível observar sinais no consultório.

“É comum a criança com TEA chegar no consultório de pediatria e ficar chorando o tempo todo e, às vezes, o pediatra perde a oportunidade de observar os sinais de alerta que podem acontecer. Toda a criança tem birra, mas a birra da criança com TEA é intensa e difícil de controlar”, explica.

Diagnosticar precocemente a condição é importante, segundo Casella, porque o cérebro, no início da infância, tem uma maior plasticidade, e as crianças podem responder melhor às terapias.

Abordagens terapêuticas

As opções disponíveis atualmente para o cuidado do TEA envolvem abordagens diferentes. Uma delas é a Análise Aplicada do Comportamento, vertente da psicologia comportamental adaptada ao cenário do autismo, que visa desenvolver habilidades sociais que sejam relevantes, e reduzir repertórios considerados inadequados, e é o tipo de tratamento com mais evidências científicas.

Em casos específicos, pode ser indicado o uso de medicamentos, mas não para todos, segundo Casella. “Remédios podem ser usados em crianças que são muito agressivas, que não dormem à noite ou, ainda, que chegam aos cinco ou seis anos com um Déficit de Atenção importante, ou se têm ansiedade”, explica.

Outras terapias que podem ser indicadas são fonoaudiologia, terapia ocupacional e fisioterapia. De acordo com o especialista, a abordagem é multiprofissional e pode durar a vida inteira, ou não. Isso depende do grau de funcionalidade de cada indivíduo e das modificações e evolução que cada um irá apresentar.

“Posteriormente, a criança vai precisar de uma terapia de grupo para melhorar a sociabilidade. Pode precisar, também, de uma terapia cognitivo comportamental, para orientar como estudar e como se virar em algumas situações”, explica.

Papel da família

Na tentativa de proteger a criança com TEA, a família pode prejudicar a transição para uma vida adulta mais independente, segundo Casella. Além de gerar uma dependência exagerada, algumas atitudes que poderiam ser tomadas sem a necessidade dos pais, como atravessar uma rua, vestir-se e tomar banho, não são aprendidas ou ensinadas da maneira mais adequada. “Faz parte do tratamento a família saber que ali tem uma pessoa que pode aprender bastante, e a vida inteira aprende”, argumenta.

Segundo o especialista, é importante que a criança com TEA tenha oportunidades de desenvolver a independência e a sociabilidade, para melhorar as relações coletivas. “Colocar as crianças em alguns grupos, como escoteiros, grupos de igreja, que às vezes acabam tendo menos bullying, ou de música, conforme o interesse de cada um, pode beneficiar o desenvolvimento”, detalha.

Fonte: blog Vida Saudável, uma iniciativa do Hospital Israelita Albert Einstein.

Bella Capri lança campanha Bella Ajuda em São Carlos

Ação que celebra Dia da Pizza fará doação de 6.000 pizzas em 25 cidades. Em São Carlos o Instituto Acorde deve arrecadar quase R$ 7 mil

A rede de pizzarias Bella Capri está lançando a oitava edição da Bella Ajuda, uma ação solidária de arrecadação de recursos para entidades assistenciais. A campanha acontece em 25 cidades dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul onde a franquia de pizzas está presente. Serão doadas 6.000 pizzas o que representa um faturamento de mais de R$ 269.400,00 mil revertidos integralmente para as 38 entidades beneficiadas.

Em São Carlos o beneficiado é o Instituto Acorde, uma organização sem fins lucrativos, fundada em 1988,  que tem por finalidade promover atividades que possibilitem crianças e adultos, com deficiência intelectual, a desenvolver suas capacidades e exercer plenamente seus direitos atendendo atualmente cerca de 300 pessoas. A entidade receberá 150 pizzas com um faturamento previsto de R$ 6.735,00. Quem quiser colaborar com a ação deve ir ao Instituto adquirir um cupom digital no valor de R$ 44,90. Para pegar a pizza, a pessoa entra no aplicativo da Bella Capri  e seleciona o sabor preferido no cardápio. Na hora de pagar aplica o código que está no cupom ganhando um desconto de R$ 44,90 na compra. A operação é simples e rápida. Depois, é só ir até a loja e retirar a pizza.

A Bella Ajuda nasceu em 2015 como uma campanha para celebrar de forma solidária o Dia da Pizza, comemorado em 10 de julho. Este é o oitavo ano consecutivo de realização da Bella ajuda que, ao longo deste período, promoveu a doação de 31.000 pizzas e arrecadou mais de R$ 1.157.000,00 doados para entidades assistenciais. A campanha será encerrada oficialmente no dia 10 de julho com uma cerimônia de entrega de cheque simbólico às entidades com o valor arrecadado em cada cidade.

Guto Covizzi, diretor da Covizzi Franchising, rede de franquias que tem a Bella Capri como uma das marcas, explica os motivos que levaram a rede a criar a campanha. “A Bella Ajuda é uma forma de retribuirmos o carinho enorme que recebemos da população das cidades onde temos operações. É um gesto de solidariedade que, esperamos, possa melhorar um pouco a vida de quem mais precisa”, afirma Guto.

SOBRE A BELLA CAPRI

A Bella Capri é uma franquia presente em 25 cidades operando agora com 40 pizzarias. Fundada em 1998, em Mirassol, a marca cresceu sem perder o sabor gourmet das tradicionais pizzas italianas, feitas na hora.  A Bella Capri está presente nas cidades paulistas de Araraquara, Bady Bassitt, Barretos, Bauru, Campinas, Catanduva, Franca, Fernandópolis, Jales, José Bonifácio, Jundiaí, Limeira, Marília, Mirassol, Novo Horizonte, Olímpia, Ribeirão Preto, Rio Claro, São Carlos, Santa Fé do Sul, São José do Rio Preto, Votuporanga, Três Lagoas (MS) e de Uberlândia e Poços de Caldas (MG).

Em 23 de junho a rede inaugurará em Presidente Prudente uma loja com foco em retirada, delivery e drive thru. Será a 41ª operação da franquia Bella Capri.

Precisamos repensar as formas de lidar com déficit de atenção e hiperatividade

Novas descobertas sobre TDAH apontam para perfis variados da doença e quais sintomas os medicamentos conseguem tratar, lançando o desafio de se repensar atuais abordagens de diagnóstico e tratamento

O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição neurobiológica de influências genéticas e ambientais, que pode se instalar no início do desenvolvimento (período dentro do útero). Ele é caracterizado por um comportamento que vai ao extremo da desatenção, da inquietude e da impulsividade – num nível que não se esperaria para fases mais avançadas do desenvolvimento da criança. O transtorno pode acompanhar a pessoa durante a vida adulta. Uma revisão ampla de artigos sobre o TDAH destaca as descobertas mais recentes dos cientistas e aponta para a necessidade de novas abordagens diagnósticas e terapêuticas. Entre os achados, destacam-se os diferentes perfis da doença; a questão genética, que predispõe a outros problemas psiquiátricos; e a eficácia das medicações para sintomas específicos.

A revisão foi realizada pelos pesquisadores Guilherme V. Polanczyk, professor de Psiquiatria da Infância e Adolescência do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP); pelo psiquiatra Jonathan Posner, da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos; e pelo psicólogo Edmund Sonuga-Barke, do King’s College, no Reino Unido. O trabalho foi feito a pedido da Revista Científica The Lancet. O artigo pode ser acessado neste link.

O TDAH atinge 5,3% de crianças e adolescentes e 2,5% de adultos, em todo o mundo. A ocorrência do transtorno aumenta a taxa de mortes, as dificuldades escolares e o abuso de drogas, além de piorar a colocação no mercado de trabalho.

O tratamento atual mais eficaz para adultos e crianças com TDAH são as medicações estimulantes. Sintomas de desatenção e hiperatividade respondem mais às medicações, mas uma pessoa com o transtorno frequentemente apresenta uma série de outros problemas associados, que necessitam de intervenções, como psicoeducação, psicoterapia, etc.

As taxas de tratamento, porém, são muito baixas. Em países desenvolvidos, vão de 40% a 60%. No Brasil, um estudo do grupo de Polanczyk realizado em São Paulo e em Porto Alegre mostrou que 80% das crianças com transtornos mentais (ansiedade, fobias, esquizofrenia, TDAH, etc.) dessas cidades não recebem tratamento.

Atualmente, o diagnóstico do TDAH é feito a partir de uma classificação da Associação Americana de Psiquiatria, usada em todo o mundo. São 18 sintomas, sendo nove de desatenção e outros nove de hiperatividade e impulsividade. Para ter o diagnóstico fechado, precisam ser identificados, na criança, no mínimo seis sintomas de desatenção e/ou de hiperatividade e impulsividade. Na idade adulta são, pelo menos, cinco sintomas de desatenção e/ou cinco de hiperatividade e impulsividade.

Especialistas com bom treinamento conseguem identificar o transtorno em crianças a partir dos 4 anos. Os sintomas incluem desatenção, hiperatividade e impulsividade. A criança se caracteriza por aquele comportamento, num nível que não se espera mais dela, naquela fase do desenvolvimento.

Algumas descobertas

Polanczyk conta ao Jornal da USP que um dos achados envolve as variantes genéticas associadas ao TDAH. Um dos estudos identificou, pela primeira vez, ao menos 12 regiões do nosso material genético que aumentam o risco para desenvolvimento do transtorno. Segundo o professor, esses genes estão relacionados aos processos normais de desenvolvimento do cérebro. Isso vai muito ao encontro de vários outros estudos que sugerem que o TDAH é um desvio do desenvolvimento cerebral, uma maturação atrasada do cérebro. Para o pesquisador, o achado é muito importante, pois traz a perspectiva de usar esses genes para obter tratamentos mais direcionados.

Outra descoberta mostra que os genes associados ao transtorno – e que elevam o risco para o desenvolvimento de TDAH – também aumentam o risco para outros transtornos, como esquizofrenia, autismo e depressão. Segundo o professor, esse achado vai ao encontro dos estudos realizados em famílias. Quando uma mãe é diagnosticada com depressão ou um pai é diagnosticado com ansiedade, os filhos têm um aumento do risco de desenvolver todos os outros transtornos mentais – e não apenas depressão ou ansiedade. “Esse é um dado consistente que, possivelmente, tem implicações em como categorizamos os transtornos mentais.”

Um outro achado diz respeito à falsa impressão de que, nas últimas décadas, houve um aumento da incidência de TDAH. Na verdade, a revisão mostrou um aumentou nas taxas de diagnóstico do transtorno. Entretanto, as taxas de tratamento, em todo o mundo, ainda são muito baixas.

A revisão mostrou ainda a eficácia dos tratamentos medicamentosos, enquanto que os alternativos, não farmacológicos, como suplementação de ômega 3 e terapia cognitivo-comportamental, entre outros, se mostraram bastante frágeis. Contudo, o professor lamenta que não existam estudos que evidenciem os benefícios de longo prazo resultantes do tratamento das pessoas com TDAH.

A revisão de artigos também mostrou que não há um padrão cognitivo único para pessoas com o transtorno, sendo esse perfil bastante distinto e diverso. Em algumas, o problema maior é a lentidão, demoram muito para fazer as coisas, não têm energia, parecem desanimadas. Já outras querem emoção, adrenalina, e se expõem muito a riscos.

Desafios

Segundo o professor, cada vez mais os cientistas entendem que o TDAH é o extremo da distribuição, dentro de uma população, do traço “desatenção”, “agitação”. “O que quer dizer isso? Que todos nós temos um pouco de desatenção, de ansiedade, todos ficamos tristes, e isso se distribui de uma forma dimensional. O TDAH parece ser aquele grupo de pessoas que têm mais dessa desatenção ou dessa agitação. A diferença está na intensidade”, explica ao Jornal da USP. Ele conta que os mesmos genes associados ao TDAH também estão associados a essa desatenção e a essa agitação nas crianças sem diagnóstico do transtorno.

Todas essas descobertas trazem demandas desafiadoras aos profissionais da área. Polanczyk ressalta que não se pode perder de vista que, atualmente, existe um diagnóstico correto, padronizado e bem validado. No entanto, para o psiquiatra, será preciso começar a levar em conta a dimensionalidade do TDAH, entendendo que há pessoas que, num determinado momento, não preenchem todo os critérios de diagnóstico, mas, em outros, podem apresentar problemas de comportamento ou sintomas.

“Para um fim clínico, para dizer se deve ou não tratar, nós estabelecemos essas características diagnósticas, tem ou não tem, mas isso não representa o que acontece do ponto de vista biológico”, aponta. E essa dimensionalidade do TDAH vale para todos os outros transtornos, como autismo e ansiedade.

Segundo Polanczyk, ao longo do tempo, na interação com o ambiente, os sintomas do TDAH podem mudar. Uma pessoa que apresente sintomas em menor intensidade pode ter esse quadro alterado em um determinado período da vida: a formatura, a saída da casa dos pais, trabalho, dinheiro, estresse e outras demandas do cotidiano. Diante disso, eventualmente, os sintomas podem aumentar muito.

“Pode ser que aquele indivíduo ultrapasse esse limiar porque está em um contexto que favorece o surgimento desses sintomas. E isso é importante porque hoje a gente diz “seu filho não tem TDAH, fique tranquilo, vai embora”. Mas pode ser que os sintomas surjam depois”, alerta o psiquiatra. E caso apresente apenas quatro ou cinco sintomas, não terá o diagnóstico fechado, e não receberá o tratamento para TDAH. Porém, esses quatro ou cinco sintomas podem estar atrapalhando muito a vida da pessoa, gerando estresse, dificultando estudos.

O psiquiatra ainda sugere que é preciso avançar mais e deixar para trás a ideia de um tratamento comum a todos. Como exemplo, ele cita o câncer de mama. Há vários tipos de tratamento, de acordo com o tipo de tumor. Para Polanczyk, será preciso pensar na dimensionalidade do TDAH para cada pessoa e partir para intervenções que levem em conta as características individuais, as funções cognitivas, os genes, e que não dependam tanto da categorização diagnóstica e, assim, atuar de uma forma mais específica.

E como traduzir para a prática clínica esse achado de que não é “tenho ou não tenho TDAH” mas sim “tenho uma dimensão do transtorno”? Para o professor, a exemplo da cardiologia, se uma pessoa tem um colesterol limítrofe, a proposta pode ser fazer uma dieta, porém, se o colesterol é um pouco mais alto, o médico indica alguma outra coisa além. “Talvez, na psiquiatria, seja preciso chegar a esse ponto, de entender o nível e a intensidade e tratar com base nisso, ter intervenções mais direcionadas para esses níveis e intensidade de sintomas.”

Fonte: Jornal da Usp – https://jornal.usp.br/

Mais informações: e-mail gvp@usp.br, com o professor Guilherme V. Polanczyk

EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA EXTRAORDINARIA

EDITAL DE CONVOCAÇÃO

Por meio do presente edital, a ACORDE – ASSOCIAÇÃO DE CAPACITAÇÃO, ORIENTAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO EXCEPCIONAL, por meio do seu presidente, no uso de suas atribuições estatutárias (artigo 19 c.c. artigo 25 inciso III) convoca todos associados, com direito a voz e voto, a comparecer no dia 22 de março de 2022, na Rua José Luís Olaio, nº 290, Bairro Jardim Ricetti, na cidade de São Carlos, Estado de São Paulo, com o objetivo, e pôr intermédio de Assembleia Geral Extraordinária, deliberar sobre:

1) alteração do estatuto social, compreendendo a mudança de denominação e estender as formas de atendimentos e atividades;

2) alteração do endereço da sede.

A assembleia instalar-se-á em primeira convocação, às 19h30, com a presença da maioria dos associados, e em segunda convocação, às 20h00, com 1/3 de associados presentes. Este edital permanecerá fixado em mural no local acima citado até a data da realização do ato assemblear.

Cordialmente,

São Carlos (SP), 10 de março de 2022.

 

Oswaldo Ferrari da Silva
Presidente

Sinais de alerta para se detectar o autismo

Talvez a maioria das pessoas nunca tenha ouvido falar tanto no Transtorno do Espectro Autista (TEA) quanto atualmente, mas ainda existem muitas dúvidas sobre o que realmente é, os sintomas e as implicações para o indivíduo. O TEA também é conhecido de diferentes maneiras, como Transtorno Autístico (Autismo), Transtorno/Síndrome de Asperger, Transtorno Desintegrativo da Infância, Transtorno Global ou Invasivo do Desenvolvimento sem outra especificação e é considerado um dos Transtornos do Neurodesenvolvimento.

A Acorde está entre as organizações que oferecem avaliação diagnóstica para identificar casos de TEA, por meio do Centro de Assistência e Terapias, onde profissionais investigam sinais característicos dessa condição em crianças, jovens e adultos.

No diagnóstico, sendo detectado que o paciente possui características que envolvam prejuízos na interação social, na linguagem/comunicação, e se há padrões repetitivos de comportamento, a orientação é para que os pais, responsáveis e professores procurem auxílio médico quando há os seguintes sinais:

  1. Pouco contato visual: a criança não olha quando é chamada pelo nome ou não sustenta o olhar.
  2. Não interagir com outras pessoas: não interage com outras pessoas por meio de sorrisos, por exemplo.
  3. Bebês que não fazem jogo de imitação: os bebês começam a imitar atitudes e comportamentos por volta dos seis a oito meses de vida, portanto, deve-se ficar atento quanto à ausência desse comportamento.
  4. Não atender quando chamado pelo nome: a criança pode parecer desatenta, pois não atende quando é chamada pelo nome.
  5. Dificuldade em atenção compartilhada: não demonstra interesse em brincadeiras coletivas e parece não entender a brincadeira.
  6. Atraso na fala: criança acima de dois anos que não fala palavras ou frases.
  7. Não usar a comunicação não-verbal: não usa as mãos para indicar algo que quer.
  8. Comportamentos sensoriais incomuns: se incomoda com barulhos altos, por vezes colocando as mãos nos ouvidos diante de tais estímulos; não gosta do toque de outras pessoas, irritando-se com abraços e carinho.
  9. Não brinca de faz de conta: não cria suas próprias histórias e não participa das brincadeiras dos colegas. Também não utiliza brinquedos para simbolizar personagens. Suas brincadeiras costumam ser solitárias e com partes de brinquedos, como a roda de um carrinho ou algum botão.
  10. Movimentos estereotipados: apresenta movimentos incomuns, como chacoalhar as mãos, balançar-se para frente e para trás, correr de um lado para outro, pular ou girar sem motivos aparentes. Os movimentos podem se intensificar em momentos de felicidade, tristeza ou ansiedade.

Não há medicação para o Transtorno do Espectro Autista (TEA), porém em alguns casos são necessárias medicações para o controle de quadros associados ao autismo, como insônia, impulsividade, hiperatividade, irritabilidade, atitudes agressivas, falta de atenção, ansiedade, depressão, sintomas obsessivos, raiva e comportamentos repetitivos. Há casos em que o indivíduo desenvolve problemas psiquiátricos.

O acompanhamento do TEA baseia-se em estratégias como:

Treinamento dos pais: é a família que mais interage e estimula o comportamento das crianças, portanto, um tratamento eficaz depende do auxílio dos familiares e amigos.

Análise do Comportamento Aplicada – ABA (Applied Behaviour Analysis) é uma abordagem psicológica usada para a compreensão do comportamento. Trata-se de uma área de conhecimento que envolve pesquisas a partir dos princípios básicos da ciência da Análise do Comportamento

Tratamento e Educação para Crianças Autistas e Crianças com Déficits relacionados com a Comunicação (TEACCH): desenvolvido na década de sessenta no Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina na Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, por Eric Schopler e Robert Reichler, caracteriza-se por prover um atendimento educacional especializado, numa configuração estruturada de ensino, para indivíduos com autismo, considerando suas especificidades, dificuldades, limitações e, sobretudo, suas potencialidades. A principal finalidade do Teacch é prover e potencializar a comunicação de autistas, sobretudo de crianças. O método tem ainda por objetivo a habilitação comportamental funcional e autônoma do autista, na medida das suas potencialidades e restrições, visando a construção de um indivíduo cada vez menos isolado e, na medida das possibilidades, independente e produtivo.

Psicoterapia em abordagem cognitivo-comportamental (TCC): a abordagem psicológica demonstra ter eficácia nos quadros de ansiedade, autoajuda e habilidades de vida diária.

Para os profissionais da Acorde e, de acordo com os estudos científicos, o diagnóstico e intervenção precoces são fundamentais para que o indivíduo receba o tratamento adequado e desenvolva habilidades cognitivas importantes para uma vida produtiva e inclusiva, com chances de estudar e trabalhar. A Acorde há 33 anos atua para promover assistência e proporcionar educação e desenvolvimento das pessoas atendidas pela organização, a fim de capacitá-las e incluí-las na sociedade.