O Terapeuta Ocupacional (T.O) na ACORDE

O Terapeuta Ocupacional (T.O) na ACORDE, atende os casos de Transtorno do Espectro Autista (TEA) sendo estes os maiores diagnósticos que passam pela T.O atualmente, e no geral, também, atende a demanda de deficiência intelectual, atrasos no desenvolvimento, TDAH. A Terapia Ocupacional tem como objetivo trabalhar a autonomia e independência dos assistidos, favorecer a socialização e comunicação social, auxiliar e treinar as atividades de vida diária proporcionando funcionalidade no dia a dia, como por exemplo: vestir-se, escovar os dentes, pentear os cabelos, calçar sapatos, treinar a coordenação motora fina e grossa, habilidade necessária para a escrita, usar tesoura e outras tarefas do dia a dia. Favorecer habilidades visuais; favorecer o brincar funcional e a resolução de problemas; proporcionar a expressão de sentimentos, estimular e treinar habilidades cognitivas, de linguagem, comunicação e interação. É cada vez maior o número de casos diagnosticados de autismo ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), que consiste em uma alteração no neurodesenvolvimento de algumas áreas do cérebro responsáveis pela linguagem, comunicação, interação e cognição.

Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), Os critérios para o diagnósticos do TEA consistem em: (a) déficits persistentes na comunicação e na interação social e (b) padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades. Tais características devem estar presentes desde os primeiros anos de vida da pessoa, sendo possível rastrear o autismo a partir de 1 ano e 4 meses, quando a criança já pode dar alguns sinais atípicos do desenvolvimento, ou até mesmo antes dessa idade, a partir dos 6 meses, já é possível observar algumas alterações no desenvolvimento do bebê.

É importante frisar que quanto mais cedo for descoberto o autismo (ou mesmo que este diagnóstico não seja fechado de imediato), maior será a “janela” de intervenções na qual a criança receberá os estímulos necessários para aquela faixa etária, isso para os casos diagnosticados de autismo ou outros diagnósticos, por exemplo: deficiência intelectual, atrasos no desenvolvimento, transtorno e déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), síndrome de down, entre outras condições.
A ACORDE está à disposição das pessoas desde 1988, é uma Associação sem fim lucrativo e presta atendimento sério, competente e acima de tudo profissional aos assistidos. Todos os profissionais da saúde e da educação são formados em cursos de nível superior.

É importante dizer que o trabalho da T.O na ACORDE e de qualquer outra área dentro dessa Associação não existe sem a participação das famílias, por isso, é de extrema importância a proximidade entre o Terapeuta e a responsável, para que o efeito dos trabalhos aconteça de forma generalizada, em ambientes naturais e menos estruturados e isso só é possível se existir essa parceria, tão importante para o assistido.

Autora: Débora Cristina Pelissari Melchiori – Terapeuta Ocupacional da Acorde
CREFITO 3 14479

 

Evento da ACORDE marca a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla em São Carlos

Um evento realizado neste sábado (22), marcou a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla 2020 em São Carlos. Pontualmente às 9h, funcionários da Acorde (Associação de Capacitação, Orientação e Desenvolvimento do Excepcional) iniciaram a homenagem saindo do Jardim Tangará (Rua Victório Bonucci) em direção aos bairros onde moram os seus assistidos, levando máscaras, mimos e uma cartilha. Um gesto de carinho, de amor e de afetividade. Em cada residência, muita emoção para quem entregava os produtos, e principalmente, para quem recebia.

As ações acontecem por todo o país, em muitos municípios e instituições, em prol desta causa e objetiva dar visibilidade social para as demandas desse segmento da população, combater a discriminação e o preconceito.

Dentre as pessoas com deficiências, aquelas com deficiência intelectual são as que mais sofrem com a discriminação. Outras deficiências têm a possibilidade de adaptação de ambientes e materiais pedagógicos, a exemplo do Braile para deficientes visuais, Libras para deficientes auditivos, acessibilidade arquitetônica para deficientes físicos, porém o deficiente intelectual depende da atitude do outro para conseguir interagir. Daí a necessidade da conscientização da sociedade, porque as conquistas de políticas públicas passam pela mobilização da sociedade e esse segmento da população precisa de políticas que melhorem a qualidade de vida e auto estima para alcançar o sentimento de pertencimento.

A verdadeira inclusão acontece quando eles se sentem contribuintes da sociedade, de alguma forma e para isso, há de se ter o incentivo no meio de convívio, exercício da autonomia e da cidadania.

Devido à pandemia, este ano as comemorações serão diferenciadas. A ACORDE preparou uma nova forma de lembrar a data. Sem apresentações e eventos ao público para evitar aglomerações, as comemorações, serão por meio eletrônico, com mensagens, fotos, interação família escola, viabilizados nos grupos de WhatsApp da entidade. “Quando esse tempo de pandemia passar – e vai passar – faremos uma linda comemoração reavaliando o que ficou de positivo, com mais solidariedade, conhecimento e o aprendizado de tudo isso”, explica a gerente executiva Nice Amato.

A Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, comemorada de 21 a 28 de agosto de cada ano, foi instituída pela Lei nº 13.585, de 26 de dezembro de 2017.

Saiba a definição do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)

O autismo – nome técnico oficial: Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) – é uma condição de saúde caracterizada por déficit na comunicação social (socialização e comunicação verbal e não verbal) e comportamento (interesse restrito e movimentos repetitivos). Não há só um, mas muitos subtipos do transtorno. Tão abrangente que se usa o termo “espectro”, pelos vários níveis de comprometimento — há desde pessoas com outras doenças e condições associadas (comorbidades), como deficiência intelectual e epilepsia, até pessoas independentes, com vida comum, algumas nem sabem que são autistas, pois jamais tiveram diagnóstico.

Causas do autismo

As causas do autismo são majoritariamente genéticas. Confirmando estudos recentes anteriores, um trabalho científico de 2019 demonstrou que fatores genéticos são os mais importantes na determinação das causas (estimados entre 97% e 99%, sendo 81% hereditário), além de fatores ambientais (de 1% a 3%) ainda controversos, que também podem estar associados como, por exemplo, a idade paterna avançada ou o uso de ácido valpróico na gravidez. Existem atualmente 960 genes já mapeados e implicados como fatores de risco para o transtorno — sendo 102 genes os principais.

Tratamento e sinais

Alguns sinais de autismo já podem aparecer a partir de um ano e meio de idade, até mesmo antes em casos mais graves. Há uma grande importância de se iniciar o tratamento o quanto antes — mesmo que ainda seja apenas uma suspeita clínica, ainda sem diagnóstico fechado —, pois quanto antes comecem as intervenções, maiores são as possibilidade de melhorar a qualidade de vida da pessoa. O tratamento psicológico com mais evidência de eficácia, segundo a Associação Americana de Psiquiatria, é a terapia de intervenção comportamental — aplicada por psicólogos. A mais usada delas é o ABA (sigla em inglês para Applied Behavior Analysis — em português, análise aplicada do comportamento). O tratamento para autismo é personalizado e interdisciplinar, ou seja, além da psicologia, pacientes podem se beneficiar com intervenções de fonoaudiologia, terapia ocupacional, entre outros profissionais, conforme a necessidade de cada autista. Na escola, um mediador pode trazer grandes benefícios, no aprendizado e na interação social.

Alguns sintomas como irritabilidade, agitação, autoagressividade, hiperatividade, impulsividade, desatenção, insônia e outros podem ser tratados com medicamentos, que devem ser prescritos por um médico. Dentre os medicamentos indicados a risperidona, que é da classe dos antipsicóticos atípicos, é o mais comum deles.

Quais são os sinais de autismo?

  • Não manter contato visual por mais de 2 segundos;
  • Não atender quando chamado pelo nome;
  • Isolar-se ou não se interessar por outras crianças;
  • Alinhar objetos;
  • Ser muito preso a rotinas a ponto de entrar em crise;
  • Não brincar com brinquedos de forma convencional;
  • Fazer movimentos repetitivos sem função aparente;
  • Não falar ou não fazer gestos para mostrar algo;
  • Repetir frases ou palavras em momentos inadequados, sem a devida função (ecolalia);
  • Não compartilhar seus interesses e atenção, apontando para algo ou não olhar quando apontamos algo;
  • Girar objetos sem uma função aparente;
  • Interesse restrito ou hiperfoco;
  • Não imitar;
  • Não brincar de faz-de-conta.

 

O símbolo do autismo é o quebra-cabeça, que denota sua diversidade e complexidade — criado em 1963 pela National Autistic Society, no Reino Unido.