ACORDE defende a inclusão de pessoas com Síndrome de Down no mercado de trabalho
Nesta quinta-feira (21) é comemorado o Dia Internacional da Síndrome de Down. A data foi marcada para que a sociedade possa debater sobre o tema e, principalmente, pensar sobre a inclusão das pessoas com Sindrome de Down nas atividades do cotidiano.
Para Marina Ferrari Tavoni, educadora especial da Associação de Capacitação, Orientação e Desenvolvimento do Excepcional (Acorde) de São Carlos, o trabalho é um estímulo positivo para o desenvolvimento da pessoa com Síndrome de Down.
Além de desenvolver a organização, a autonomia e despertar o interesse de quem trabalha, a presença deles em um ambiente profissional causa uma resposta positiva na sociedade.
“Você percebe que além de fazer bem para eles, todos que estão trabalhando junto param para ajudar quando eles precisam. Isso estimula as pessoas a pensarem sobre inclusão”, disse.
Entre o trabalho e o benefício
Pessoas com síndrome de Down que poderiam estar no mercado de trabalho acabam não exercendo esse direito porque ao adquirir vínculo empregatício têm o benefício do INSS suspenso.
Foi o caso de duas atendidas da Acorde. Uma delas é Ana Caiari Ferreira Domingues, a Tita, de 28 anos, que trabalhou na Câmara de São Carlos por um ano. Como auxiliar do presidente da Casa separava notas fiscais, fazia contas e organizava documentos.
Na avaliação da educadora, por causa do emprego, Tita ficou mais responsável e criou vínculos sociais.
Carolina Fernanda Peixe, de 39 anos, foi garçonete em um restaurante onde servia almoço. Também lavava louça e as organizava na cozinha. Com o salário, Carol comprava CDs e investia na sua paixão pela música.
“Hoje eu faço tudo sozinha na minha casa. Eu lavo, cozinho, limpo a casa, tomo banho, tudo sozinha”, contou.
Para a educadora da Acorde, o conflito entre o salário e o benefício é negativo.
“A família pode precisar da ajuda [financeira], mas também é muito importante que eles exerçam alguma atividade para o desenvolvimento pessoal e profissional”, disse.
Fonte: Matéria foi destaque no G1 no mês da Síndrome de Down