Por que exposição excessiva a telas pode provocar crises de raiva do seu filho

Segundo pesquisa realizada durante a pandemia, crianças expostas a maior tempo de tela na primeira infância têm maior dificuldade de lidar com as frustrações e se regular emocionalmente.

— Foto: Unsplash

Crianças expostas a maior tempo de tela têm maior dificuldade para lidar com acessos de raiva e frustração. É o que afirma o estudo de uma universidade canadense, que contou com a participação do psiquiatra brasileiro Pedro Pan, do Instituto Ame Sua Mente e da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp.

Em entrevista ao podcast Bem Estar, Pedro explica como essa dinâmica cria um ciclo vicioso em crianças de até 4 anos e meio, uma vez que a mesma dificuldade de regulação emocional contribui com o aumento do uso de telas, interferindo na saúde mental das crianças.

“Tempo de tela gera menor controle emocional e regulação dos sentimentos na primeira infância, perpetuando essa cadeia negativa”, afirma o psiquiatra.
Ainda segundo Pan, o tempo de tela tem sido usado como uma espécie de “calmante digital” nas crianças, substituindo as relações interpessoais: “Todo esse contexto é necessário até para o desenvolvimento cerebral.”

O estudo começou em 2020, quando as crianças tinham três anos e durou até 2022, período auge da pandemia.

“As crises de raiva que vão acontecer [por volta dos] quatro anos e meio tinham como antecedente o maior tempo de uso de tablet quando a criança tinha 2 anos e meio.”

Para reduzir os efeitos mais nocivos da exposição às teles, o psiquiatra aconselha os pais utilizem essa tecnologia com as crianças e não as deixe sozinhas. Ele ainda alerta que o excesso de telas nesta fase também pode comprometer o desenvolvimento cerebral.

“A tela não tem os mesmos estímulos importantes para esse desenvolvimento. Olho no olho, contato interpessoal….O ideal é que o adulto utilize essa tecnologia com as crianças e não as deixe usarem sozinhas, como um calmante digital.”

Fonte: g1.globo.com

Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência – 20 anos de reconhecimento legal

O dia 21 de setembro é marcado pela celebração da luta por respeito, inclusão e conscientização sobre os direitos das pessoas com deficiência. Em 2025, a data completa 20 anos de reconhecimento oficial no Brasil, estabelecida pela Lei nº 11.133, sancionada em 14 de julho de 2005, com o objetivo de sensibilizar a sociedade para a importância da igualdade de oportunidades.

Essa mobilização, no entanto, começou muito antes. Desde 1982, movimentos sociais e lideranças do setor já promoviam ações nesse dia. A escolha de 21 de setembro não foi por acaso: ela coincide com o início da primavera, representando renovação, esperança e o florescer de novas possibilidades para a inclusão.

O reconhecimento da data representou um marco para milhões de brasileiros, mas ela continua sendo também um convite à reflexão. Ainda há barreiras a serem superadas – físicas, sociais, culturais e atitudinais – que dificultam o exercício pleno da cidadania pelas pessoas com deficiência.

Apesar de avanços importantes, como a Lei Brasileira de Inclusão (Estatuto da Pessoa com Deficiência), de 2015, dados do IBGE mostram que mais de 18 milhões de brasileiros convivem com algum tipo de deficiência, correspondendo a 8,9% da população com 2 anos ou mais. Muitos ainda enfrentam desafios em áreas fundamentais, como educação, saúde, mobilidade, mercado de trabalho e acessibilidade comunicacional.

O papel do Instituto Acorde

O Instituto Acorde é uma instituição dedicada a transformar essa realidade. Referência no atendimento a pessoas com deficiência intelectual e múltipla, mantém uma escola especializada, duas residências inclusivas e uma residência terapêutica. Além da educação, atua nas áreas de saúde, assistência social e inserção no trabalho, promovendo autonomia e dignidade.

Acreditamos em uma sociedade verdadeiramente inclusiva, onde a diversidade é respeitada e cada pessoa é valorizada pelo que é. Nosso compromisso diário é oferecer apoio, acolhimento e oportunidades de desenvolvimento para crianças, jovens e suas famílias.

A inclusão é responsabilidade coletiva: governos, empresas, instituições e cidadãos têm o dever de eliminar barreiras e construir uma cultura de respeito às diferenças. Cada gesto de reconhecimento, cada política implementada e cada espaço acessível aproximam-nos de um futuro mais justo e igualitário.

Os 20 anos dessa lei reforçam que a luta segue viva e necessária. Mais do que uma data no calendário, o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência é um chamado à ação para toda a sociedade.

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