Elas são fortes, sorridentes e portadoras da Síndrome de Down

Uma karateca. Uma capoeirista. E uma poeta. Elas têm gostos diferentes, mas lutam pela mesma causa: quebrar as barreiras do preconceito, porque, além de fortes, são especiais. E por vários motivos, inclusive a Síndrome de Down – comemorada, hoje, no mundo todo.

“Sei tocar teclado, gaita, pandeiro e flauta. E sou apaixonada por livros”, diz Carol, 37 anos.

“Minha mãe é índia. Eu gosto muito de lutar capoeira”, afirma Ana, 26 anos.

“Eu sou faixa verde em karatê”, conclui a mais tímida da turma, Lalá, de 20 anos.

Na Acorde (Associação de Capacitação, Orientação e Desenvolvimento do Excepcional), o trio passa horas aprendendo a importância de participar da sociedade. Ajudam no preparo da comida, lavam o próprio prato, caminham e desenvolvem suas particularidades. E muito bem.

Aninha, como é chamada pelas amigas, é só orgulho: aprendeu a se cuidar sozinha desde muito nova, e não vê dificuldade nisso. “Pego até ônibus, pois minha mãe confia em mim”, diz.

Gente como a gente

A especialista em educação especial da instituição, Marina Ferrari, explica: o maior objetivo nestes acompanhamentos é a integração. “Nossa função é dar mais autonomia e independência às nossas alunas, que têm direitos e capacidade para fazer tudo que quiserem”.

“Desenvolvimento pessoal é essencial. Elas cresceram intelectualmente, porque foram estimuladas em grupo e individualmente. Isso é fundamental, mas ainda existe esse problema das pessoas que estão próximas aos deficientes os diminuírem. Isso é errado”, destaca Marina.

Por isso, nada de ‘moleza’ para as meninas. A prática esportiva e alfabetização, por exemplo, fazem parte da rotina, que começa às 8 horas e, para algumas, terminas às 12 horas. Para Lala, só às 18 horas – ela vai embora sorrindo, mas reforçar: “sou faixa verde em karatê, ?”.

O que é?

A Síndrome de Down é causada pela presença de três cromossomos 21 em todas ou a maior parte das células de um índividuo. Isso ocorre na hora da concepção. Os portadores têm 47 cromossomos em suas células em vez de 46, como a maior parte da população.

Fonte: A Cidade ON – Júlia Fernandes

Trabalhadores da Volks de São Carlos doam R$ 23.431,12 a instituição beneficente

Contribuir com a inclusão social, melhora da autoestima e autonomia de 42 jovens e adultos é a missão da Associação de Capacitação, Orientação e Desenvolvimento do Excepcional (Acorde) de São Carlos, entidade que, a partir da solidariedade dos empregados da fábrica de São Carlos da Volkswagen do Brasil, recebeu a doação de R$ 23.431,12.

Esta quantia é equivalente ao valor de uma hora trabalhada no ano de 2016 pelos empregados que participam voluntariamente do programa “Uma Hora para o Futuro”, criado pelo Comitê Mundial dos Trabalhadores da Volkswagen, com apoio da Volkswagen do Brasil.

O programa “Uma Hora para o Futuro” convida os empregados a doarem o valor equivalente a uma hora de trabalho no ano, a ser revertida a projetos sociais. Há treze anos, as doações dos empregados de São Carlos são destinadas à Acorde, contribuindo para diversas melhorias na associação. A mais recente foi a conquista de um novo espaço para a escola, que conta com 1.500 m², possibilitando aos alunos ampliarem suas atividades e descobrirem novas experiências, a partir de atividades como o cultivo de uma horta e uma área maior para a prática de educação física.

“A cada ano os empregados reforçam sua responsabilidade social ao participarem, voluntariamente, desta iniciativa que desempenha uma importante função no desenvolvimento social da comunidade onde a fábrica está localizada”, disse Mario Marcondes, gerente de Recursos Humanos da fábrica de São Carlos.

CONHEÇA O TRABALHO DA ACORDE

A Acorde atende 42 alunos, que ao longo do dia participam de atividades de fonoaudiologia, terapia ocupacional, pedagogia, educação física, fisioterapia, artesanato, dança e música. Além disso, a instituição oferece cursos de capacitação para que os alunos possam atuar no mercado de trabalho. Com a doação recebida, a entidade custeia parte destas atividades e a manutenção de seu espaço físico.

“Essa iniciativa dos empregados é fundamental para o sucesso do nosso trabalho. Ao participarem do projeto com a doação de uma hora do salário no ano, os empregados estão contribuindo com o desenvolvimento social e físico de cada aluno, possibilitando a eles o acesso a tratamentos de qualidade com profissionais de área de saúde e oficinas e aulas com foco em educação e cultura, resultando na inclusão social, melhora da autoestima e mais independência para realizar as atividades cotidianas”, disse Edmar de Souza, diretor presidente da associação e empregado da Volkswagen do Brasil.

Fonte: São Carlos Agora